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RESIDENT EVIL 7: NOT A HERO - ANÁLISE



Sim, ele é o Chris Redfield!

    Após muitas trocas de datas, finalmente a Capcom liberou a DLC gratuita que todos que jogaram Resident Evil 7 estavam ansiosos para conferir, a campanha do Chris Redfield intitulada de "Not a Hero"
    A campanha se passa logo após ao final de Resident Evil 7 quando Ethan e Mia são resgatados por uma equipe da nova Umbrella comandada pelo Chris Redfield. Após resgatar Ethan e Mia, Chris Redfield fica encarregado de encontrar e prender o Lucas Baker, que está trabalhando para uma nova empresa de armas biológicas chamada the Connections.
    Um dos motivos pela hype gerada por essa DLC é o fato do Chris Redfield estar trabalhando para a Umbrella, empresa da qual ele dedicou praticamente todo o seu tempo a destruí-la e também pelo fato da mudança radical em sua aparência e voz em Resident Evil 7, fazendo muitos se questionassem se esse personagem realmente era o Chris Redfield, ou alguém se passando por ele.


    A primeira coisa que posso dizer sobre Not a Hero é que esse personagem é realmente Chris Redfield, como haviam dito muito tempo antes do jogo ser lançado. O que aconteceu com seu visual foi devido aos gráficos do RE Engine que fez uso de um homem real como modelo para criação deste Chris, deixando ele com uma aparência mais realista e logo, completamente diferente do Chris Redfield que conhecemos.
    Apesar da sua mudança de visual, sua personalidade continua a mesma do Chris Redfield que todos conhecemos, no decorrer do jogo você vai perceber que a personalidade, o jeito de agir e falar ainda remetem ao velho Chris, tanto é que no decorrer do jogo podemos ver que ele não está confortável em trabalhar para a Umbrella como quando pedem para que ele traga o Lucas vivo e ele questiona perguntando se querem ele vivo para poder recrutá-lo para fazer novas armas biológicas.
      Falando no geral sua mudança de Chris foi apenas fisicamente mesmo e, eu pessoalmente falando eu gostei deste novo visual que deram para ele. A única coisa que realmente me incomodou na sua mudança brusca foi sua voz. Acho que isso era a única coisa que a Capcom não deveria ter mudado no Chris, pois, após vários anos ouvindo Roger Craig Smith na voz de Chris Redfield, fica estranho ouvir outra pessoa dublando o personagem.
    A nova Umbrella para qual o Chris Redfield está trabalhando juntamente com a BSAA é a Umbrella antiga reestruturada após a morte de Wesker, que agora trabalha combatendo o bioterrorismo, assim como a BSAA, só que, sem afiliações intergovernamentais como acontece com a BSAA, ou seja, ela continua como uma empresa privada que contrata mercenários para fazer o trabalho sujo, mas desta vez o trabalho é combater o bioterrorismo.


    Logo nos primeiros minutos de jogo com o Chris, vemos que o gameplay dele é bem diferente do gameplay do Ethan, começando pelo fato do Chris ser muito menos passivo quanto aos seus agressores, pois, ao contrário de Ethan que foi jogado nesse meio, Chris é um soldado treinado que hoje em dia deve enfrentar esse tipo de ameaças como se fosse praticamente um passeio no parque.
Chris tem a mira bem mais precisa, suas armas tiram muito mais dano e ele ainda tem a possibilidade de atacar os inimigos utilizando socos e pisando em inimigos caídos no chão, fazendo com que seja muito mais fácil jogar com ele.
    Claro que com as vantagens que o Chris possuí, logo o jogo oferece novos desafios à altura do dele. O jogo possuí muito mais inimigos amontoados na tela e alguns dos mofados não podem ser derrotados sem que o Chris use um tipo específico de bala que o impede o mofado de se regenerar, deixando você em algumas situações que só te resta correr para não morrer.
    Not a Hero também é repleto de armadilhas mortais criadas pelo Lucas, assim como na parte do celeiro na campanha do Ethan. Fora que a campanha te coloca em muitas situações difíceis em relação a enfrentar monstros, que vão desde a enfrentar vários mofados em um espaço muito limitado até a enfrentar mofados mais poderosos enquanto tem um limite de tempo na tela.


    Apesar de ser mais voltado para a ação, Not a Hero não deixa de dar aquele clima de Resident Evil clássico, com cenários apertados e claustrofóbicos, muita violência explícita e até alguns sustinhos. Infelizmente não trouxeram de volta puzzles e segredos na campanha do Chris, sendo o ponto mais alto dos segredos procurar as moedas antigas para poder comprar os esteroides, assim, deixando de lado a parte de exploração, que era uma das coisas mais legais da campanha principal.
    Isso sem contar que a campanha de Chris resolveu beber mais um pouco de Outlast, fazendo se valer de cenários completamente escuros cheios de armadilhas fazendo com que o Chris precise de um aparelho de visão noturna para poder prosseguir em alguns momentos do jogo, deixando o jogo com aquela aparência medonha e verde de Outlast.


    Falando de Outlast, eu preciso fazer uma ressalva quando a movimentação de Resident Evil 7 que não havia feito na minha análise do jogo, pois, após voltar a jogar Outlast na coletânea Outlast Trinity, percebi que a movimentação em Resident Evil 7 é um pouco ruim e o personagem se movimenta lento demais, dando a impressão que ele está muito a fim de morrer. Se isso acontecesse apenas com Ethan e Mia poderia relevar, mas com o Chris acontece a mesma coisa. E mesmo utilizando todas as injeções de esteroides disponíveis no jogo, sua movimentação continua lenta, e, isso é algo que me irritou bastante quando voltei para o Resident Evil 7 depois de ter voltado a jogar Outlast. 
    Pode até parecer injusta essa reclamação, já que Outlast é focado em fugir e se esconder, logo o personagem precisa sim ser mais ágil, mas mesmo comparado a outros FPS como Doom ou até mesmo os  Call of Dutys da vida, dá para ver o quando a movimentação do Resident Evil 7 é lenta.


    Apesar de ser bem divertida, a campanha do Chris é pouco decepcionante tanto como desfecho da história do jogo como no jogo em si. Além de bem curta a campanha do Chris não conta com desafios ou chefes memoráveis, sendo que o único desafio real do jogo é o Lucas Baker transformado no final da campanha, que, por sinal se transforma em um monstro sem nenhum motivo aparente, já que, ele não estava mais infectado pelo vírus.
    Quando digo desafio real quanto ao Lucas Baker transformado, ainda estou sendo muito bonzinho, pois, ele nem sequer representa um perigo real para os jogadores, como acontece com os outros membros da família Baker, pois, seus golpes apesar de tirarem muita vida, são extremamente previsíveis fazendo com que seja muito fácil evitá-los, e, derrotá-lo acaba sendo bem fácil, pois, como se é de praxe nos jogos atuais da Franquia, seu ponto fraco fica brilhando de vermelho quase neon, faltando apenas um aviso de "atire aqui" para completamente óbvio onde se deve atirar para derrotá-lo.


    Not a Hero consegue cumprir o seu papel de introduzir Chris nessa nova mecânica de jogos da franquia Resident Evil porém o tempo de espera do jogo aparentemente não justifica o tempo de espera e o número de adiamentos que ela sofreu. A Capcom nos fez esperar quase 10 meses para entregar um jogo com uma campanha que pode ser terminada em uma hora e que no fim das contas não serve para amarrar completamente as pontas soltas do jogo, fazendo com que Not a hero sirva apenas para introduzir o Chris e a nova Umbrella no jogo. É praticamente como se fosse um fanservice da empresa para quem reclamou de não ter nenhum dos personagens clássicos da franquia em Resident Evil 7.
    No entanto, por ser uma DLC gratuita, não vale a pena reclamar destes detalhes, pois o conteúdo veio gratuito e muito bem feito, diga-se de passagem. Ou seja, por um conteúdo gratuito, ele é aceitável e vai proporcionar divertimento de até umas três horas de jogo, caso você resolva tentar terminar o jogo na dificuldade Profissional, que, exigirá um pouco mais do seu tempo para ser terminado. 
    Por fim, Not a hero é um ótimo chamariz para fazer com que o jogo fique em alta novamente ou para que você tire o seu jogo encostado da prateleira para mais um pouco de diversão dentro deste incrível jogo, fazendo com que talvez você até acabe voltando para a campanha principal para visitar mais uma vez a casa dos Bakers.

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